Manter uma tela de 60 Hz nos modelos padrão do iPhone 16 levanta questionamentos sobre o impacto na experiência de uso e o valor percebido pelos consumidores.

O iPhone 16 trouxe várias novidades interessantes, como uma bateria maior e um novo botão capacitivo que facilita tirar fotos. No entanto, um detalhe parece desalinhado com as crescentes expectativas dos consumidores: a tela de 60 Hz nos modelos padrão e Plus. Em um mercado onde muitos smartphones intermediários já oferecem telas com taxas de atualização superiores, essa escolha se destaca como uma fraqueza do aparelho.

Mas por que a Apple decidiu fazer isso?

O que é a taxa de atualização de uma tela?

A taxa de atualização, medida em hertz (Hz), indica quantas vezes por segundo o display atualiza a imagem. No iPhone 16 padrão, a tela renova o conteúdo 60 vezes por segundo. Quanto maior a taxa, mais suaves são as transições, especialmente ao rolar páginas, assistir a vídeos ou jogar. Por exemplo, uma tela de 120 Hz, como a dos modelos Pro, oferece fluidez visual superior. Contudo, a Apple reserva essa tecnologia para os modelos mais caros, enquanto os padrões mantêm a taxa de 60 Hz, que já parece defasada em 2024.

O contraste com as telas de 120 Hz

Nos modelos Pro, que usam a tecnologia ProMotion desde o iPhone 13 Pro, a taxa de atualização pode chegar a 120 Hz, resultando em uma atualização duas vezes mais rápida que nos modelos padrão. Essa diferença se destaca em navegação, vídeos e jogos, além de melhorar animações e a resposta ao toque, tornando o uso diário mais agradável. A tela de 120 Hz também ajusta a taxa dinamicamente para economizar bateria, otimizando o consumo de energia.

A concorrência já oferece mais

Enquanto a Apple reserva telas de alta taxa para seus modelos caros, a concorrência já oferece opções acessíveis com 90 Hz ou 120 Hz. Marcas como Xiaomi, Samsung e OnePlus incorporam essa tecnologia em dispositivos intermediários, muitas vezes a preços menores que os do iPhone 16. Essa diferença leva os consumidores a questionar o custo-benefício dos modelos padrão da Apple, pois dispositivos mais baratos oferecem experiências visuais mais fluidas.

Mas será que o consumidor comum nota a diferença?

A questão é: o consumidor médio percebe essa diferença? Para muitos que usam o smartphone para tarefas simples, como checar mensagens e redes sociais, a resposta pode ser não. A tela de 60 Hz é suficiente, e muitos não notam a diferença a menos que comparem diretamente com um dispositivo de 120 Hz. No entanto, não se trata apenas da percepção técnica, mas do valor. Mesmo que não note a diferença, o fato de smartphones mais baratos oferecerem telas superiores pode impactar a percepção do iPhone 16 no mercado. Como as expectativas sobre a Apple são altas, qualquer “deficiência” técnica pode ser vista como uma falha.

O iPhone 17 pode mudar a história

Rumores sobre o iPhone 17 indicam que a Apple pode corrigir esse problema nas futuras gerações. Especialistas como Ross Young sugerem que a tecnologia ProMotion, com taxa de 120 Hz, pode ser estendida a todos os modelos do iPhone 17, incluindo os padrões. Se isso acontecer, a Apple atenderá às expectativas dos consumidores, eliminando a limitação de 60 Hz nos modelos básicos. Além de melhorar a experiência diária, a inclusão dos 120 Hz abriria espaço para recursos como o Always-On Display, tornando a linha de iPhones ainda mais competitiva.